A democracia sob cerco: Sociedade civil excluída da tomada de posse parlamentar em Moçambique

A tomada de posse dos parlamentares está em curso. No entanto, foi proibido de comparecer, com os militares à entrada a negarem o acesso a Sheila Wilson, pivot de comunicação social do CDD.

A presença de jornalistas foi limitada durante a cerimónia de tomada de posse na Assembleia da República. A polícia terá sido instruída para impedir alguns repórteres de cobrir assuntos de interesse público. Sheila, jornalista do CDD, foi hoje impedida de cobrir a cerimónia de tomada de posse na Assembleia da República.

Apenas a Frelimo e o PODEMOS estão presentes na cerimónia, enquanto a Renamo e o MDM optaram por boicotar o evento. Embora simbólico, este boicote levanta questões críticas sobre a legitimidade política, uma vez que ambos os partidos da oposição deverão eventualmente assumir os seus lugares como parlamentares.

A exclusão de vozes da sociedade civil como a CDD realça as preocupações constantes sobre a transparência e a inclusão nos processos democráticos de Moçambique. Este momento sublinha a necessidade de diálogo genuíno e de responsabilização para restaurar a confiança pública nas instituições.